
O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (15) que pediu desculpas à Rússia pelas declarações do papa Francisco sobre o suposto comportamento cruel das minorias étnicas russas no conflito na Ucrânia. “Confirmo que houve contatos diplomáticos a esse respeito”, afirmou o diretor da assessoria de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, ao ser questionado sobre uma declaração da porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova. Nesta quinta-feira (15), ela afirmou que o Vaticano se desculpou pelas palavras do sacerdote.
No final de novembro,o papa Francisco disse, em uma entrevista, que alguns dos combatentes “mais cruéis” da ofensiva russa na Ucrânia “não são de tradição russa”, mas pertencem a minorias como “chechenos ou buriates”, em referência aos povos dessas regiões.
As palavras do papa provocaram indignação na Rússia. “Isso não é mais russofobia, é perversão”, escreveu Zakharova no Telegram, em novembro. A Rússia foi acusada em setembro de mobilizar homens de minorias étnicas da Sibéria e do Cáucaso para apoiar sua ofensiva na Ucrânia.
Apesar de não existirem números oficiais, de acordo com especialistas, as minorias, que vivem em regiões pobres e remotas da Rússia, são majoritárias no Exército do país e, consequentemente, têm mais soldados mortos nas linhas de frente na Ucrânia.
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