Os bancos de investimento já têm mandato para cerca de R$ 15 bilhões em emissões de ações para os primeiros quatro meses de 2018, apesar da volatilidade que será gerada com a eleição presidencial. A expectativa é de mais expansão do fluxo de entrada de capital estrangeiro ao Brasil, o que poderá levar a um aumento dos volumes de ofertas de ações na bolsa brasileira, caso nenhuma surpresa política ao longo do processo eleitoral atravanque as emissões.
As ofertas previstas seguem na esteira do bom ano de 2017, quando as emissões de ações por aqui superaram os R$ 40 bilhões, o melhor desde 2009, desconsiderando a mega capitalização da Petrobras em 2010. Já com pedido de registro de ofertas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão: a Blau Farmacêutica, dona da Preserv, prevista para fevereiro, e o Grupo SBF, dona da varejista Centauro, com seu IPO programado para o mesmo mês. Ainda para o início de 2018 é esperada a oferta da Neoenergia, que cancelou sua estreia programada para dezembro passado. É aguardada também a oferta subsequente (follow on) do Banrisul. Estava na fila para abertura de capital a Algar Telecom, mas esta suspendeu os planos depois de ter uma fatia vendida ao fundo soberano de Cingapura, o GIC.
Para o diretor gerente do Bradesco BBI, Leandro Miranda, algumas notícias podem ainda impulsionar o mercado de ações no ano que vem. “A aprovação da reforma da Previdência não está na conta dos investidores e se ela sair em fevereiro haverá uma nova reprecificação para cima para Brasil e teremos um segundo trimestre muito forte, o que aumentará o volume de ofertas”, destaca o executivo. Apesar da tendência clara do primeiro semestre ser mais forte do que o segundo, visto que as empresas preferem evitar a volatilidade trazida pelas eleições, uma definição das urnas com uma chapa alinhada à atual política econômica poderá manter a janela aberta para emissões.
O executivo afirma que o fluxo de capital estrangeiro ainda não veio, de fato ao Brasil e que essa entrada alterará o patamar da bolsa brasileira, hoje ao redor dos 79 mil pontos. Miranda destaca que o fluxo positivo em 2017 veio, em sua maior parte, de fundos passivos e que a participação do Brasil ainda está baixa em relação à vista no passado, mesmo só levando em consideração a alocação dos fundos direcionados a países emergentes e os da América Latina.
De qualquer forma, o chefe do banco de investimento do Bank of America Merrill Lynch (Bofa), Hans Lin, afirma que a orientação por conta da volatilidade esperada pelas eleições é de que as empresas já preparadas acelerem o passo para precificarem suas ofertas no primeiro semestre do ano, dada a falta de visibilidade para os meses seguintes.
O executivo aponta que nas últimas ofertas, que se desenrolaram no último mês do ano passado, a presença do investidor estrangeiro foi majoritária, revertendo um cenário observado no início de 2017. “Esse fato pode mudar com uma alteração mais rápida das taxas de juros americanas, o que pode mudar o apetite dos investidores”, alerta Lin. Para este ano, a estimativa do banco americano é de que as ofertas de ações alcancem R$ 35 bilhões.
De qualquer forma, o chefe do banco de investimento do Bank of America Merrill Lynch (Bofa), Hans Lin, afirma que a orientação por conta da volatilidade esperada pelas eleições é de que as empresas já preparadas acelerem o passo para precificarem suas ofertas no primeiro semestre do ano, dada a falta de visibilidade para os meses seguintes.
O executivo aponta que nas últimas ofertas, que se desenrolaram no último mês do ano passado, a presença do investidor estrangeiro foi majoritária, revertendo um cenário observado no início de 2017. “Esse fato pode mudar com uma alteração mais rápida das taxas de juros americanas, o que pode mudar o apetite dos investidores”, alerta Lin. Para este ano, a estimativa do banco americano é de que as ofertas de ações alcancem R$ 35 bilhões.
ISTOÉ