
O câncer colorretal, que ganhou atenção nacional com a morte da cantora Preta Gil na noite deste domingo (20), é uma das formas da doença que mais crescem no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados cerca de 46 mil novos casos por ano entre 2023 e 2025. O número representa aproximadamente 10% de todos os tumores diagnosticados no país, desconsiderando os casos de câncer de pele não melanoma.
De acordo com o médico-cirurgião do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL/UFRN), Leonardo Barreto, especialista em oncogenética, o câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso — que inclui o cólon e o reto. “Ele geralmente começa a partir de pequenas lesões na mucosa (semelhante a verrugas) chamados pólipos, que são inicialmente benignos, mas que podem se transformar em câncer com o passar do tempo”, explicou o médico. Esse tipo de câncer costuma crescer de forma silenciosa e lenta, o que torna o rastreamento essencial para o diagnóstico precoce.
A publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, do INCA, aponta que o câncer de intestino é o segundo mais comum entre os homens e as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de próstata e do câncer de mama feminina, respectivamente. Também ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer que mais matam no país.
Um alerta importante é o diagnóstico tardio. Conforme os Registros Hospitalares de Câncer (RHC), entre os anos de 2015 e 2019, cerca de 65% dos casos foram identificados em estágios avançados, reduzindo significativamente as chances de sucesso no tratamento. O diagnóstico precoce continua sendo o principal desafio para enfrentar a doença.
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