A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (28) a Operação Herdeiro Oculto, voltada à investigação do homicídio do ex-prefeito de São Pedro/RN, Miguel Cabral, assassinado em 3 de fevereiro deste ano no Largo do Atheneu, bairro de Petrópolis, em Natal. A ação, conduzida pela 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), teve como foco reunir novas provas sobre o possível mandante do crime e localizar o arsenal de armas pertencente à vítima, que desapareceu após o assassinato.
Durante as diligências, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diferentes endereços da capital potiguar. Um deles ocorreu na residência da viúva de Miguel Cabral, em Petrópolis, após indícios de que ela teria tentado negociar as armas desaparecidas com um de seus enteados — atualmente preso — em troca da renúncia à parte da herança. Outro mandado foi cumprido na casa de um empresário suspeito de estar de posse do armamento do ex-prefeito.
Ao fim da operação, a Polícia Civil apreendeu aparelhos celulares, substância orgânica semelhante à maconha, R$ 130 mil em espécie, um fuzil, uma carabina, uma espingarda e duas pistolas. Segundo a DHPP, o material apreendido será analisado para identificar possíveis conexões com o crime e os envolvidos na disputa patrimonial.
Em fases anteriores da investigação, os quatro executores do homicídio já haviam sido presos em operações nos estados de Pernambuco e Ceará. Todos permanecem à disposição da Justiça.
O nome da operação faz alusão ao contexto familiar e patrimonial que envolve o caso: “Herdeiro Oculto” representa a linha de investigação que aponta para a existência de disputas por herança e ocultação de bens como elementos centrais no assassinato do ex-prefeito.
