A assessora Onely Aparecida Pinto, que trabalha com José Mentor (PT/SP), disse à Polícia Federal que “em torno de sete pessoas”, das 23 que trabalham com o petista, contribuem com a “caixinha” mantida pelo deputado. Ela foi apontada por Mentor como responsável pelo dinheiro arrecadado. Mentor admitiu, em depoimento prestado ao STF (Supremo Tribunal Federal), que recebeu R$ 38 mil do doleiro Alberto Youssef como pagamento de uma dívida contraída pelo seu então colega no Congresso André Vargas (ex-PT/PR).
O dinheiro emprestado a Vargas, segundo o deputado, saiu da “caixinha” que disse manter em seu gabinete, formada por recursos dele e de alguns de seus assessores, para “custear despesas da ação parlamentar cujo ressarcimento não é permitido pelas normas da verba indenizatória da Câmara”. Onely disse que só assessores com “relação política mais antiga” e salários melhores colaboram e que a “caixinha” visa cobrir gastos não remunerados pela Câmara, como manutenção do escritório político e ajuda para eventos de movimentos sociais.
As contribuições, disse, são mensais e pagas em espécie, sem valores fixos. Ela afirmou que Mentor, por volta de 2013, lhe pediu que separasse o empréstimo para André Vargas, em caso que reconheceu ser diferente do usual.