
A escassez de recursos do governo federal tem levado universidades que desenvolvem pesquisas de vacinas contra a covid-19 a buscar verbas com governos locais, parlamentares, comércio e até dinheiro de acordo de indenização. O objetivo é evitar que as pesquisas parem, em um cenário de restrições para a liberação de recursos e queda no orçamento para a ciência. O dinheiro obtido até agora pelas universidades garante apenas parte dos testes e a necessidade aumentará se os estudos avançarem para a última fase.
Universidades como a Federal de Minas Gerais (UFMG), a do Rio (UFRJ) e a do Paraná (UFPR) são algumas das que estão na corrida pelo desenvolvimento de um imunizante brasileiro. Segundo o Ministério da Saúde, há 16 projetos brasileiros em andamento. As vacinas não devem ficar prontas este ano, mas podem representar independência em relação a imunizantes estrangeiros a partir do ano que vem. Hoje, só aplicamos no Brasil vacinas desenvolvidas no exterior. O risco de que a covid-19 seja uma doença endêmica, como dengue e gripe, torna a iniciativa ainda mais importante.
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