Buscas estão temporariamente interrompidas por risco de rompimento de mais uma barragem em Brumadinho, na Grande BH; 34 mortes estão confirmadas

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Resumo

  • Uma barragem da mineradora Vale se rompeu na sexta-feira em Brumadinho (MG), e um mar de lama destruiu casas da região.
  • Rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
  • Até o momento, há confirmação de 34 mortos; oito foram identificados.
  • Os trabalhos de resgates devem durar semanas. A Vale confirma 252 desaparecidos entre seus funcionários e terceirizados.
  • Governo federal montou gabinete de crise; Bolsonaro sobrevoou a área no sábado de manhã.                                                                                                                                       .                                                                                                            As equipes continuam realizando trabalho de evacuação da área por conta do risco de rompimento. O ponto de preocupação principal é a região do Parque da Cachoeira, onde tem aproximadamente 25 casas. Equipes da Academia de Bombeiros Militar estão no local para evacuar a área

Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil, e soldados das Forças de Defesa de Israel posam antes de voo para ajudar nas buscas. Eles vão trazer material especializado para auxílio nos regates. São sonares do tipo usado em submarinos para localizar pessoas em longas profundidades com qualidade de recepção e imagem

Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil, e soldados das Forças de Defesa de Israel posam antes de voo para ajudar nas buscas em Brumadinho, MG

Yossi Shelley, embaixador de Israel no Brasil, e soldados das Forças de Defesa de Israel posam antes de voo para ajudar nas buscas em Brumadinho, MG (Foto: Divulgação)

130 soldados das Forças de Defesa de Israel estão a caminho do Brasil para ajudar nas buscas. “Salvar vidas não é sobre o quão longa é a distância, mas até onde você está disposto a ir”, escreveram no Twitter.

Soldados da Forças de Defesa de Israel

Soldados da Forças de Defesa de Israel (Foto: Reprodução/Twitter/Forças de Defesa de Israel) 

UBS na região de Brumadinho, MG

UBS na região de Brumadinho, MG (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)

Na UBS do Parque da Cachoeira, não há agentes públicos nesta manhã. Moradores reclamam da falta de orientação e apoio.

Conceição Emília Aguiar, de 52 anos, conta que estava dormindo e acordou com o toque da sirene. Segundo ela, policiais pediram para quem vive em casa mais na beira do rio deixassem os imóveis. Ela conta também que inicialmente começou a circular o boato de que a barragem teria se rompido. “Agora é ficar esperando em alerta, né, ver o que vai acontecer”, disse.

Acesso ao centro da cidade está fechado neste momento.

Centro de Brumadinho, MG

Centro de Brumadinho, MG (Foto: G1/Reprodução)

A agente de saúde Raiane Cristian de Resende, de 28 anos, ouviu as sirenes em Brumadinho, MG

A agente de saúde Raiane Cristian de Resende, de 28 anos, ouviu as sirenes em Brumadinho, MG (Foto: G1/Paula Paiva Paulo)

A agente de saúde Raiane Cristian de Resende, 28 anos, ouviu as sirenes e saiu de pijama. “Pegamos água, biscoito, a gente não sabe o que pode acontecer.” Ela, o pai, a mãe, a irmã, irmão e dois sobrinhos vieram em um carro para a UBS do Parque da Cachoeira, na parte alta da região. “Cedinho foi todo mundo no desespero. Passou uma caminhonete do vizinho buzinando e avisando todo para sair”. Ela mora há 20 anos no lugar e disse que nunca fizeram treinamento de evacuação.

Devido ao risco de rompimento da barragem, as buscas estão temporariamente interrompidas. As vítimas estão sendo levadas para áreas mais altas dentro da própria comunidade que não são afetadas com o possível rompimento, conforme planejamento do plano de emergência de barragem.

Um morador da parte baixa de Brumadinho disse em entrevista ao vivo à GloboNews que se assustou com o alarme e que, inicialmente, não sabia do que se tratava exatamente. Segundo ele, os vizinhos começaram a ligar uns para os outros para entender o que estava acontecendo e foram para a parte alta da cidade só depois que a polícia militar confirmou que era para todos deixarem suas casas. “Larguei a casa, peguei só uns suprimentos e documentos e fui embora. Não teve nenhum treinamento para saber se podíamos pegar mais coisas”, disse.

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