O caso envolvendo o advogado Allysson Agostinelli Dantas dos Santos, acusado de provocar um acidente em 2024 que deixou duas vítimas com amputações, ganhou um novo direcionamento após a conclusão de um laudo psiquiátrico oficial. A perícia afirma que ele não tinha capacidade de compreender o caráter ilícito de seus atos no momento do acidente e que sua condição mental continua comprometida, enquadrando-o como inimputável.
O acidente ocorreu em 12 de julho de 2024, quando o veículo conduzido por Allysson colidiu com uma motocicleta na RN-118, ferindo gravemente Carlos Victor e Felipe Aclegle. A perícia identificou que o advogado invadiu a contramão, causando o impacto. Na ocasião, ele apresentava sinais de desorientação, e substâncias ilícitas e medicamentos foram encontrados em sua posse.
O laudo destaca que Allysson é portador de Transtorno Bipolar (CID-10: F31), com histórico de internações e processo de interdição, no qual sua mãe atua como curadora provisória. Após o acidente, ele foi beneficiado com liberdade provisória mediante medidas cautelares, incluindo a suspensão da CNH e a ordem de internação. Menos de um mês após receber alta, envolveu-se em outro incidente de trânsito em Caicó e fugiu do local. Dias depois, foi localizado na Paraíba, após se esconder em uma sede da OAB.
O documento pericial, assinado em 24 de novembro de 2025 pelo perito Gustavo Cesar Dias Mendes, conclui que Allysson continua incapaz de responder pelos próprios atos e representa risco ao convívio social sem tratamento adequado. A recomendação é de internação psiquiátrica hospitalar por, no mínimo, 12 meses.
Com a nova avaliação, a defesa solicita a revogação da prisão preventiva e a substituição por medida de segurança, prevista para pessoas inimputáveis consideradas perigosas. Caberá ao Judiciário decidir se ele permanecerá preso ou será transferido para uma unidade de tratamento psiquiátrico.










