Reforma sem fim na EECCAM causa revolta: quase dois anos de obra e sem prazo para conclusão

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A Escola Estadual Professora Calpúrnia Caldas de Amorim (EECAM), em Caicó, vive um cenário de abandono e incertezas. A reforma iniciada em setembro de 2023, com previsão de 120 dias para conclusão, já se arrasta por quase dois anos. A unidade está interditada desde dezembro de 2023, e a obra, hoje paralisada, acumula promessas não cumpridas.

O diretor da escola, professor Thiago Espínola, expressou indignação durante entrevista ao programa Panorama 95. Segundo ele, a empresa responsável abandonou a obra e houve um distrato, mas, desde então, não houve mais avanços concretos. “Tudo virou palavra ao vento. O silêncio do governo e a falta de fiscalização deixam um rastro de prejuízo incalculável para os quase 600 alunos da escola”, declarou.

Atualmente, a EECAM funciona de forma improvisada nas dependências de uma faculdade próxima à UFRN. O espaço é apertado, com salas estreitas e poucos ambientes adequados. A mudança forçada impacta diretamente o rendimento escolar e a adesão da comunidade. “A escola virou itinerante. A cada ano é um novo desafio adaptar-se a um ambiente diferente antes de começar a trabalhar pedagogicamente”, lamenta Tiago.

Problemas no transporte escolar, risco de evasão e queda no desempenho estudantil também preocupam. Além disso, construções irregulares próximas ao muro da escola refletem a sensação de abandono do espaço. “Ninguém fiscaliza. A ideia de que a escola está largada faz com que outros tomem posse do entorno”, alerta o diretor.

Apesar do cenário, uma boa notícia surgiu: a EECAM oferecerá um novo curso técnico em Energia Renovável, concomitante ao ensino médio. São 30 vagas, com matrículas abertas até 6 de agosto e início das aulas no dia 12. O curso é visto como uma oportunidade relevante para o futuro dos alunos e para o mercado local.

Mesmo assim, a insatisfação persiste. Protestos já são planejados para o próximo 7 de setembro. “Chega de maquiagem. O que queremos é a escola de volta, com dignidade”, finaliza o diretor.

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