O presidente nacional do Democratas, senador potiguar José Agripino elogiou as mudanças já colocadas em prática nas eleições municipais de 2016, que determinaram o encurtamento das campanhas e, segundo ele, deixaram a disputa “menos onerosa” para os candidatos. Para o senador, é preciso insistir em modelos eleitorais que reforcem essa tendência, como o sistema de votação por lista partidária.
Atualmente, nas eleições proporcionais, os eleitores podem votar nominalmente em um candidato específico ou no partido como um todo. A partir de um cálculo de quocientes eleitorais, cada partido ou coligação ganha um número de cadeiras no Legislativo em disputa, e elas são preenchidas de acordo com a ordem dos nomes mais votados.
No modelo de lista, a direção de cada partido relaciona seus candidatos em uma ordem preestabelecida, e o eleitor pode votar apenas no partido. Uma vez designado o número de vagas para cada legenda, estas são ocupadas em consonância com a ordem já definida. Também é possível a adoção de um modelo misto: o eleitor pode votar apenas no partido ou no candidato nominalmente, o que pode servir para alterar a posição desse candidato dentro da lista.
Agripino também apontou como ponto positivo o barateamento das campanhas. Além disso, ele acredita que o modelo democratiza a política interna dos partidos e melhora a qualidade do Congresso eleito.
A partir do que se decidir para a modalidade eleitoral dos pleitos proporcionais, acrescentou o senador do DEM, será possível discutir em que dimensão adotar o financiamento das campanhas com dinheiro público, se for o caso.
